ÍNDICE DE EMPREGABILIDADE PARA QUEM TEM ENSINO SUPERIOR VOLTA A CRESCER

No 3º trimestre desse ano, o saldo continua positivo para os empregados com ensino superior, voltando ao mesmo patamar antes da crise econômica deflagrada no país em 2015

Para auxiliar o setor na formulação de políticas acadêmica e de gestão, o Semesp –entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil – elabora trimestralmente o Índice de Empregabilidade do Ensino Superior, que mostra a evolução do saldo de empregos dos profissionais com educação superior total e por área, número de empregados com carteira assinada, bem como o valor médio de remuneração por gênero e faixa etária, em comparação aos profissionais com ensino médio.

No 3º trimestre desse ano, o saldo continua positivo para os empregados com ensino superior, voltando ao mesmo patamar antes da crise econômica deflagrada no país em 2015, com 7,16 milhões de empregados, crescimento de 24% em comparação ao mesmo período. Todas as áreas pesquisadas apresentaram melhora, mas destacam-se Administração, TI, Licenciatura e Enfermagem.

Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, explica que a melhor empregabilidade para quem tem ensino superior, mesmo em períodos de crise, está ligada à queda da remuneração. “Na média, o valor da remuneração em janeiro de 2014 era de R$ 3.809,55, e em setembro de 2018, caiu para R$ 3.625,27, ou seja, queda de 4,83%, sendo que a inflação do período foi de 32,44%. Isso demonstra que nos momentos de crise os profissionais com ensino superior ocupam cargos com ganhos menores, o que mantém a empregabilidade com ensino superior em alta.”

De acordo com o índice, a remuneração média dos homens empregados com ensino superior, faixa etária de 25 a 29 anos, é 119% superior em relação aos empregados com ensino médio. No caso das mulheres, essa diferença salarial por escolaridade é de 99%. A variação salarial por escolaridade fica ainda mais acentuada conforme aumenta a faixa etária, chegando a 248% para os homens de 50 a 54 anos, e a 167% para as mulheres de 50 a 54 anos.

Por gênero, o índice mostra que a diferença salarial entre homens e mulheres empregados com ensino superior vem diminuindo. Enquanto, na média, a diferença chega a 69% para os empregados na faixa de 50 a 54 anos, a diferença salarial entre homens e mulheres cai para 26% para os empregados na faixa etária de 25 a 29 anos.

A diferença salarial entre homens e mulheres empregados com ensino médio também tem diminuído, e, em geral, é bem menor do que para aqueles com ensino superior. Os homens na faixa etária de 50 a 54 anos ganham, em média, 29% a mais que as mulheres. Entre os mais jovens, de 25 a 29 anos, a diferença salarial cai para 14%.

Para Capelato, “a diferença de salário entre homens e mulheres vem reduzindo e tende a desaparecer com o tempo. Conforme as gerações avançam, as diferenças diminuem”.

Fonte: SEMESP