O Gestor de Recursos Humanos nas micro e pequenas empresas

Muitas das micro e pequenas empresas brasileiras não veem necessidade de ter um profissional de Recursos Humanos para atuar na administração de seus colaboradores, no entanto, os benefícios que o Desenvolvimento Humano traz para uma empresa não dependem do seu porte para serem úteis e auxiliarem na gestão e no crescimento da mesma. Ou seja, é um engano pensar que está economizando se não contratar um RH.

A DIFERENÇA ENTRE RH E DEPARTAMENTO PESSOAL

Quando falamos na importância do RH, vale esclarecer a diferença entre o RH, também chamado de DHO (Desenvolvimento Humano e Organizacional), e o Departamento Pessoal.

Recursos Humanos

Propriamente dito, os Recursos Humanos são os colaboradores. O profissional de RH tem suas atividades voltadas ao desenvolvimento desses colaboradores, como:

– Recrutamento e seleção;
– Avaliação de desempenho;
– Treinamento e desenvolvimento;
– Intermediar relações dentro da empresa;
– Reter talentos;
– Alinhamento das políticas de RH com as estratégias da empresa;
– Desenvolver estratégias de crescimento.

Departamento Pessoal

O profissional que irá atual no Departamento Pessoal pode ter a mesma formação do profissional de RH, mas suas atividades são voltadas às rotinas burocráticas, tais como:

– Organizar documentação de admissão e demissão;
– Realizar pagamentos;
– Lidar com auxílios (doença, alimentação, transporte);
– 13º salário;
– Férias e licenças;
– Organização de horários.

COMO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ENCARAM ESTAS FUNÇÕES

Como falamos no início, muitas empresas de pequeno porte acreditam que um profissional de RH não é necessário, devido ao baixo número de colaboradores, sendo assim, elas atribuem as atividades do Departamento Pessoal para o setor de Finanças, que normalmente trabalha em conjunto com uma contabilidade terceirizada. O RH simplesmente não é realizado.

Em outros casos, a empresa contrata um RH que fica responsável tanto pelas suas atividades, quanto pelas atividades do Departamento Pessoal, o que tira o foco de suas atividades principais, impedindo que possa se dedicar efetivamente à função.

No entanto, vem crescendo a percepção por parte das empresas quanto aos resultados de contar com um profissional de RH para exercer suas atividades diretamente com os colaboradores.

Atualmente, com tanta informação disponível para todos na internet, os próprios colaboradores estão por dentro de seus direitos e deveres, além de permitirem-se entender que é possível trabalhar com seriedade, pontualidade e trazer resultados, mesmo tendo mais liberdade e respeito à sua individualidade. Os colaboradores estão mais participativos, engajados em contribuir com sugestões para melhorias internas e atividades de Endomarketing, por exemplo.

A GESTÃO DE RH NA PRÁTICA

A falta de um Gestor de RH só é sentida no momento em que a empresa se depara com problemas em algum setor que acabam bloqueando processos em toda a organização, identificando que não se trata da execução de seus processos. Nestes momentos, as soluções que o Gestor de RH poderia trazer, por meio de uma avaliação dos membros da equipe, são a resposta e, junto com ela, ele pode trazer novas perspectivas de crescimento, detectando:

– problemas pessoais com colaboradores;
– necessidade de remanejamento de cargos e funções;
– atualização das políticas internas;
– renovação das estratégias utilizadas em cada setor;
– desenvolvimento de ações de endomarketing;
– realização de eventos motivacionais e inspiracionais.

Práticas como estas necessitam de um profissional capacitado para administrar pessoas e planejar estratégias com base na situação que tem em mãos. Se não fosse por ele, o problema poderia perdurar e não seria detectado por qualquer outro gerente, coordenador ou gestor de outras áreas e a empresa perderia a oportunidade de obter respostas assertivas para o problema, economizar em tempo, aumentar a produtividade e ainda desenvolver melhorias para otimizar seus processos e aumentar seus resultados.

 

Faculdade Don Domênico